sexta-feira, 31 de outubro de 2014

Personalidade do Mês: Arthur Machen


por Tathy Zimmermann

Outubro é o mês do Halloween, por isso, a personalidade do mês foi escolhida a dedo para vocês. Neste mês das bruxas, trouxemos um escritor de contos e novelas de terror e fantasia. 


Arthur Machen era galês, escritor, jornalista e também ator. Nasceu no dia 3 de outubro de 1863, no país de Gales, em Caerlson-Usk. Seu nome verdadeiro era Arthur Llewellyn Jones. Filho de Janet Robina Machen e do pastor anglicano John Edward Jones, vigário de Llanddewi, local rodeado de sítios arqueológicos celtas e romanos, uma região bucólica que tornaram o jovem Arthur um moço solitário e apaixonado pela história e literatura, matérias que Arthur estudou na escola da catedral de Hereford.

Por causa da situação financeira precária de sua família, Arthur não pôde cursar um curso superior, assim, após a morte de sua mãe, Arthur adotou o nome de solteira de sua mãe, Jones-Machen e se mudou para Londres com a intenção de tornar-se jornalista. Ele viveu em grande pobreza, trabalhando como caixeiro em uma livraria, na tentativa de ser reconhecido como escritor. Publicou suas primeiras obras antes de seus 20 anos, entre elas, o poema Eleusinia (1881). Para sobreviver, Arthur trabalhou também como catalogador, tradutor e redator, contribuindo para a revista Walford’s Antiquariam.

Em 1887, o pai de Arthur faleceu, deixando para ele uma boa herança e permitindo que ele se dedicasse a escrever. Publicou suas primeiras narrativas, O grande deus Pan e The Immost Light, em 1895. 
Em 1899, Amy Hogg, a primeira esposa de Arthur, faleceu de câncer. Sofrendo de profunda depressão, Arthur deixou de escrever e tornou-se um ator itinerante. Em 1901, Arthur se uniu ao grupo teatral de Frank Benson, conhecendo sua segunda esposa, Dorothy Purefoy Hudleston - com quem teve duas filhas, Hilary, nascida em 1912, e Janet, nascida em 1917.
No período em que esteve com a companhia de teatro, Arthur adotou uma vida boêmia completamente diferente de seu estilo de vida, tornando-se excêntrico e extrovertido. Permaneceu na companhia de teatro até 1909, quando terminou de gastar toda sua herança e voltou a viver na miséria, sendo ajudado por amigos e admiradores. Durante a Primeira Guerra Mundial, o escritor tornou-se conhecido por jornalista correspondente do jornal London Evening News, para o qual escrevia relatos da guerra. Depois passou a se corresponder com os jornais norte-americanos Daily Mail, Evening News e para o The Academy.

Um fato curioso sobre Machen é que ele era membro da “Ordem Hermética da Aurora Dourada”, a malfadada sociedade de magia do século 20, juntamente com A. E. White, Aleister Crowley e William Butler Yeats.
 
Arthur Machen é um dos grandes escritores de fantasia e terror, suas obras eram admiradas por outros nomes, como Peter Straub e H. P. Lovecraft, que classificou Machen como um dos quatro grandes mestres da literatura de sobrenatural, juntamente com M. R. James, Algernon Blackwood e Lord Dunsany. A obra favorita de Lovecraft era o “Povo Branco”.  
 
Arthur Machen faleceu em Beaconsfield, no dia 30 de março de 1947, aos 84 anos. Das obras literárias de Arthur Machen, destacam-se O grande deus Pan (The Great God Pan), de 1890; O povo branco (The White People), de 1904; e Os arqueiros (The Bowmen), de 1915. De suas novelas, destacam-se: Crônica de Clemendy (The cronicle of Clemendy), de 1888, Os três impostores (The three imposters), de 1894; A colina dos sonhos (The hill of dreams), de 1904, uma obra com recortes autobiográficos; Fragmentos da vida (A fragment of life), de 1904; A glória secreta (The secret glory), de 1907; O Regresso (The great return), de 1915, que é considerada a mais célebre de suas obras; O Terror (The Terror), de 1917; e A ronda verde (The green round), de 1932.

Além desses, Machen escreveu ensaios, traduções e textos autobiográficos.

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