por Pri Fernandes
Obra escolhida para o Desafio do mês de abril, para distopia. Também foi aproveitado para o mês de maio: livro que virou filme.
Autor: Isaac Asimov
Editora: Pocket Ouro (selo da Agir)
Ano: 2004
páginas: 313
A obra de Asimov é referência
para muitas obras e filmes de ficção que envolvem a robótica. Inclusive o termo robô/robótica foi cunhado pela primeira vez por Asimov.
O que torna Asimov incrível é pelo fato de que, com apenas 19 anos, no ano de 1939 ser tão revolucionário e visionário ao iniciar suas histórias de ficção para ganhar dinheiro para pagar suas dívidas.
Podemos comparar Asimov com Júlio Verne? Eu acredito que sim, os dois são grandes nomes da literatura, e por que não dizer da ciência? Com suas visões de um futuro impossível naquela época!
Ao ler esta obra, é incrível como reconhecemos muitas coisas que foram utilizadas, citadas e referenciadas em inúmeros filmes, podendo citar inclusive Guerra nas Estrelas, Blade Runner e O exterminador do futuro.
O que torna Asimov incrível é pelo fato de que, com apenas 19 anos, no ano de 1939 ser tão revolucionário e visionário ao iniciar suas histórias de ficção para ganhar dinheiro para pagar suas dívidas.
Podemos comparar Asimov com Júlio Verne? Eu acredito que sim, os dois são grandes nomes da literatura, e por que não dizer da ciência? Com suas visões de um futuro impossível naquela época!
Ao ler esta obra, é incrível como reconhecemos muitas coisas que foram utilizadas, citadas e referenciadas em inúmeros filmes, podendo citar inclusive Guerra nas Estrelas, Blade Runner e O exterminador do futuro.
A história na verdade se resume à
evolução que a robótica teve, tendo como foco principal as três leis (que foi
alicerce para toda a ficção científica): 1ª Um robô não pode ferir um ser
humano, seja por omissão ou permitir que sofra algum mal. 2ª As ordens devem
ser obedecidas pelos robôs, exceto nos casos em que essas ordens conflitem com
a Primeira Lei. 3ª Um robô deve proteger sua própria existência, contanto que
se autoproteger não conflite com a Primeira e/ou Segunda Lei.
A obra em si é uma reunião de
contos que ocorreram em diferentes circunstâncias, locais e protagonistas.
Contudo, são todas narradas por Susan Calvin, uma das melhores, senão única, robopsicóloga contratada pela US Robotics. A narrativa é engenhosa conduzindo
o leitor com certo didatismo, mesmo que disfarçado: somos levados pela
imaginação e pelo humor de Asimov, nem nos damos conta da lição de história da
robótica que acabamos aprendendo.
Tudo se inicia com a história da babá,
muito querida e abusada por sua criança mimada. Finalizando com chave de ouro
com a Máquina, com maiúscula, que controla toda a Terra. Ainda podemos
encontrar robôs que enlouquecem, que fazem piadas, que leem pensamentos, e até mesmo
robôs orgulhosos de serem mais espertos do que os seres humanos. Os conflitos
que surgem são muito interessantes, nos faz refletir sobre até que ponto
dominamos a natureza robótica, mesmo como criadores. Será que as máquinas não
nos dominam, mas apenas nos mantêm como os dominadores?
Eis aqui um exemplo clássico de
que livro e filme nada têm em comum. Eu estava esperando encontrar a história
do filme, tal e qual. Contudo, o livro foi apenas um pontapé para a criação do
filme. Temos os personagens principais, como Alfred Lanning (que no livro é o
diretor da US Robotics e no filme é apenas um dos cientistas), temos também
Robertson (que no livro almeja o cargo de diretor, enquanto no filme ele é o
próprio), e claro, a nossa narradora do livro Susan Calvin (que inclusive a
personalidade das duas – livro e filme – são completamente diferentes).
[possível spoiler] A maior diferença também a respeito das duas obras é que no livro a US Robotics passou anos lutando para inserir os robôs na sociedade, sendo muito condenada pelo governo por tentar tratar máquinas como iguais. O governo apenas permitiu a utilização desses robôs com fins de mão de obra pesada e/ou para atividades que causem danos para o ser humano. Já no filme, os robôs são totalmente aceitos entre os homens, sendo nossas babás, trabalhadores bracais e tratados muito bem por toda [ou quase toda] a sociedade. Aparentemente, o único que condena essa inserção das máquinas em nosso mundo é o detetive Spooner (interpretado por Will Smith).
Adorei as duas obras: tanto livro
quanto o filme são muito bem trabalhados os conflitos entre humanos e máquinas.
E justamente pelo filme não ser uma transcrição do livro, e apenas inspirado
nas 3 leis criadas por Asimov e com participação de alguns personagens, não
devem ser comparadas justamente pela história não constar nem no livro.
Vale muito a pena ler esta obra
para descobrir novas fronteiras da distopia e ficção científica voltada ao mundo robótico, como
também assistir ao filme.
Ficha técnica filme
Título original: I, robot
País: EUA/Alemanha
Ano: 2004
Diretor: Alex Proyas
Atores: Will Smith, Bridget Moynahan, Chi Mcbride, Alan Tudyk, James Cromwell, Shia LaBeouf.
Estreia nos EUA: 16 de julho de 2004
Estreia no Brasil: 6 de agosto de 2004
Ficha técnica filme
Título original: I, robot
País: EUA/Alemanha
Ano: 2004
Diretor: Alex Proyas
Atores: Will Smith, Bridget Moynahan, Chi Mcbride, Alan Tudyk, James Cromwell, Shia LaBeouf.
Estreia nos EUA: 16 de julho de 2004
Estreia no Brasil: 6 de agosto de 2004
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