por Tathy Zimmermann
Sabe a famosa frase: "não julgue um livro pela capa"? Às vezes é inevitável que algo não seja julgado pelo o que apresenta inicialmente, não é mesmo?
Por isso, no Tubo 5 deste mês trouxemos 5 aberturas de séries que gostamos muito, não só pela abertura, mas pelo todo.
1. TRUE BLOOD
Pois é, estamos aqui falando de novo de True Blood, mas é que parece que o assunto vampiros não tem fim. Mesmo essa série estar em sua última temporada, para muitos fãs, ela poderia continuar os deleitando.
True Blood é uma série norte-americana criada por Alan Ball, baseada na série de livros “The Southern Vampire Mysteries”, de Charlaine Harris. O programa é exibido pela HBO e foi ao ar pela primeira vez no dia 7 de setembro de 2008.
A história narra o amor entre Sookie Stackhouse (Anna Paquin), uma garçonete telepata, e Bill Compton (Stephen Moyer), um vampiro. Ambos vivem em "Bon Temps", uma pequena cidade fictícia localizada em Louisiana, num momento em que os vampiros deixaram a clandestinidade e anonimato, tornando-se cidadãos comuns, graças à invenção de um sangue sintético - True Blood -, que permite que os vampiros se alimentem sem precisar sugar seres humanos. Entretanto, a coexistência entre vampiros e humanos não é bem vista por todos, já que muitos humanos não se sentem à vontade vivendo ao lado de vampiros.
A série recebeu elogios da crítica e ganhou vários prêmios, incluindo um Globo de Ouro, um Emmy e quatro Satellite Awards.
A abertura foi indicada ao Emmy na categoria de “melhor abertura”. Criada pela Digital Kitchen, mesmo estúdio de produção responsável por criar a abertura dos seriados Six Feet Under e Dexter. A abertura tem como tema a canção "Bad Things", de Jace Everett, e, conceitualmente, é construída a partir da mistura de imagens contraditórias que envolvem sexo, violência e religião, projetadas ao ponto de vista do "sobrenatural". A ideia é explorar os conceitos de redenção e perdão, além de reproduzir a atmosfera típica de Lousiana.
Aproveite a música, e veja um vídeo alternativo com os atores dessa série tão desejada!
2. AMERICAN HORROR STORY
AHS é uma série de televisão norte-americana de terror-drama criada por Ryan Murphy e produzida Brad Falchuk. Descrita como uma série antológica, na qual cada temporada é concebida como uma história independente, seguindo um conjunto de personagens e ambientações distintas, e um enredo com o seu próprio "começo, meio e fim”.
A série é transmitida na televisão pelo canais fechados FX, nos Estados Unidos, e FOX, no Brasil. A primeira temporada estreou em 5 de outubro de 2011, nos EUA, e 8 de novembro de 2011, no Brasil.
A série tem recebido boas críticas, além de elogios dos aficcionados pelo gênero do terror. Sua três temporadas recebem como subtítulo: Murder House, Asylum, Coven. A próxima temporada, prevista para estrear em 8 de outubro, Freak Show, está sendo aguardada com ansiedade por todos os fãs.
A música da abertura é arrepiante
e incômoda, responsável por colocar o expectador no clima do que vai ser
assistido. Composta pelo designer de som Cesar Davila-Irizarry e pelo músico Charlie Clouser.
A abertura para a primeira
temporada foi criada por Kyle Cooper e sua empresa “Prologue”. Ele também criou
a sequência do título para a série do canal de televisão AMC – “The Walking
Dead” –, e para o filme de 1995 – “Se7en”.
A sequência de abertura da
primeira temporada é situada no porão da casa dos Harmons e inclui imagens de
autópsia de crianças pequenas, bebês em jarros não nascidos (ou abortados),
caveiras, um vestido de batismo, um uniforme de enfermeira, e uma figura segurando
um par de tesouras para poda cobertas com sangue. A sequência pode ser descrita
como um mini-mistério que se explica no nono episódio desta temporada.
Já a abertura da segunda
temporada é situada em um sanatório intitulado Briarcliff, onde se passa a história
desta temporada, inclui imagens de macas, sangue, pacientes, lobotomia,
demônios, antiguidades da época e dentre outras salas e fatores que ali
ocorriam. Para quem já leu os livros de Michel Foucault é possível estabelecer
um paralelo bem interessante sobre o tratamento das doenças mentais no século
XIX e início do XX, acontecimentos reais que não deixavam nada a desejar às
melhores histórias de terror.
Na terceira temporada, o mesmo
projeto da sequência continua, porém diferente. Nela são mostradas bruxas,
bonecos de vodu, demônios, sangue, sofrimento, imagens de lendas e uma fogueira
com uma bruxa sendo queimada. A história tem relação aos ocorridos em Salem e
com à caça às bruxas estabelecida nessa comunidade.
A série ganhou nove prêmios de
suas 37 indicações (duas das quais continuam pendentes), incluindo
dois Prêmios Emmy do Primetime e um Globo de Ouro.
Segue uma edição com as 3
primeiras aberturas.
3. PENNY DREADFUL
Penny Dreadful é uma série norte-americana de terror e fantasia exibida no Brasil pela HBO. Foi criada e produzida por John Logan (indicado ao Oscar de melhor roteiro três vezes – pelos filmes A Invenção de Hugo Cabret, O Aviador e Gladiador), contendo a parceria de Sam Mendes (premiado pela Academia como melhor diretor em Beleza Americana) na produção. A série entrelaça as origens de vários personagens famosos da literatura de terror como o Dr. Victor Frankenstein, Dorian Gray, Jack o Estripador e Drácula, tendo como cenário a cidade de Londres da época vitoriana.
O elenco conta com nomes conhecidos como Sir Malcolm Murray (Timothy Dalton) um explorador inglês, especialista da exploração da África, que está em busca de sua filha, Mina (sim, a Wilhemina “Mina” Harker, do Bram Stocker), que foi sequestrada por um ser sobrenatural. Sir Malcolm é ajudado pela bela Vanessa Ives (Eva Green) uma médium amiga de infância de Mina, Ethan Chandler (Josh Hartnett), um pistoleiro e artista circense norte-americano, Dr. Victor Frankenstein (Harry Treadawa), o jovem e atormentado médico, além de seu fiel assistente, o africano Sembene (Danny Sapani). O grupo ainda tem como amigos, ou não, o jovem Dorian Gray (Reeve Carney), a prostituta Brona Croft (Billie Piper) e o monstro criado por Frankenstein, vivido por Rory Kinnear.
O título se refere aos penny dreadfuls, publicações de ficção e terror que eram vendidas na Inglaterra do século XIX. Por serem histórias que custavam um centavo, tinham como apelido "centavos do terror".
A abertura tem o tema composto por Abel Korzeniowski e possui imagens provocativas que incentivam aos amantes do gênero do terror a assistir a série: cobras, aranhas, uma série de outros insetos, crucifixos e cadáveres, além de mãos ensanguentadas e corpos abertos por bisturi. A ideia é demonstrar os maiores medos estão ligados a desejos profundos da psique humana.
Abertura
4. DEXTER
Série norte-americana baseada na
obra de Jeff Lindsay, “Darkly Dreaming Dexter”, a série tem como protagonista
Dexter Morgan (Michael C. Hall), um especialista forense em amostras de sangue,
que trabalha para o Departamento de Polícia de Miami.
Ele também é um assassino em
série que mata as pessoas que a polícia não consegue prender. A dupla
identidade tem de ser escondida de todos, incluindo sua irmã e companheiros de
trabalho. Na infância, órfão aos quatro anos, Dexter é adotado por um policial
que logo detecta sua tendência homicida. Com isso, consegue canalizar todo o
fascínio de Dexter por vivissecção para algo que ele acredita ser “do bem”:
caçar os infratores da lei que estão acima da justiça e que acham brechas para
praticar crimes.
De dia, Dexter surpreende a todos
conseguindo rastrear cada passo de assassinos em série, seguindo suas pistas
com meticulosidade assustadora. Isso porque sua mente assassina o guia através
dos passos dos criminosos. Após o dia de trabalho com o Departamento de Polícia
de Miami, à noite, Dexter usa todo o conhecimento e instinto de serial killer para achar e matar os
criminosos que ele caçou durante o dia. Isso faz com que ele viva um contraste
diário entre o bem e o mal. Mas ele canaliza toda a sua vontade de matar para
acabar com os outros assassinos em série.
A abertura mostra a rotina
meticulosa do assassino e perito Dexter Morgan. Um fato curioso: a mesma
sequência havia recebido edição e música diferentes, porém, essa abertura
inicial foi rejeitada pelos produtores que consideraram muito sombria e o
público poderia antipatizar com o protagonista. Assim, a abertura que foi
escolhida é mais alegre, contendo a música tema composta por Rolfe Kent.
Segue as duas sequências. Será
que a versão rejeitada era mesmo sombria?
Atual
Rejeitada
5. CARNIVÀLE
Série norte-americana produzida
pelo canal HBO, que durou duas temporadas (infelizmente - na minha opinião),
entre 7 de setembro de 2003 e 27 de março de 2005. O programa foi criado por
Daniel Knauf, que trabalhou como produtor executivo junto com Howard Klein e
Ronald D. Moore.
A história se passa durante a
Grande Depressão (momento de enorme crise financeira que abalou os Estados
Unidos no início da década de 1930, devido à queda da Bolsa de Nova Iorque em
outubro de 1929) e o Dust Bowl (fenômeno climático com sérias tempestades de
areia que assolou o sul dos Estados Unidos no início da década de 1930). Ao
traçar as vidas de dois grupos diferentes de pessoas, sua história abrangente
mostra a batalha entre o bem e o mal e a disputa entre o livre-arbítrio e
destino.
O enredo mistura a teologia
cristã com conhecimentos gnósticos e maçônicos, particularmente os Cavaleiros
Templários, abordando duas linhas narrativas que se convergem. A primeira
envolve um jovem com estranhos poderes de cura chamado Ben Hawkings (Nick
Stahl), que se junta a um parque de diversões móvel quando ele passa por sua
cidade, Milfay, Oklahoma. Pouco depois, Ben começa a ter sonhos surrealistas e
visões, que o fazem ir procurar um homem chamado Henry Scudder, um homem que já
havia cruzado o caminho do parque muitos anos antes, e que aparentemente possui
habilidades incomuns como Ben.
A segunda narrativa envolve um
pregador metodista chamado Irmão Justin Crowe (Clancy Brown), que vive com sua
irmã Iris na Califórnia. Ele compartilha os sonhos proféticos de Ben e
lentamente descobre a extensão de seus poderes, que inclui contralar homens e
fazer com que seus pecados e temores se manifestem em terríveis visões.
Convencido de estar fazendo o trabalho de Deus, o Irmão Justin dedica sua vida à
suas obrigações religiosas, não percebendo que seu grande nêmesis, Ben
Hawkings, está muito próximo.
A crítica elogiou Carnivàle, porém questionou a abordagem
e a execução da história. Seu primeiro episódio estabeleceu um novo recorde de
audiência para um programa original da HBO, porém a série não conseguiu manter
sua audiência durante a segunda temporada e a série foi cancelada após 24
episódios, cortando quatro de suas seis temporadas previstas. O programa venceu
5 Primetime Emmy Awards, recebendo outras 10 indicações. A série foi filmada em
Santa Clarita e em outras localidades do sul da Califórnia.
A música tema foi composta por
Jeff Beal. A abertura conta com uma sequência interessantíssima de cenas da
Grande Depressão, mescladas com cartas de tarô, abordando o destino e as forças
do bem o do mal. No final da abertura as imagens ficam um pouco mais otimistas,
mostrando casais dançando boggie-woggie e o famoso velocista Jesse Owens. Seria
uma referência à doutrina do “Destino Manifesto”? Infelizmente não saberemos, a
luta final entre o pastor Crowe e o jovem Ben ficará para a imaginação dos fãs
da série.
Abertura
Nenhum comentário:
Postar um comentário