terça-feira, 5 de agosto de 2014

Resenha: Psicose

por Mee



Obra escolhida para o Desafio Literário do mês de julho: terror/thriller
 
Autor: Robert Bloch
Editora: DarkSide® Books
Ano: 2013
páginas: 256 páginas 






Psicose é um livro curto, tão curto que no segundo capítulo já nos deparamos com a cena mais famosa: a do chuveiro e não é tão legal como no filme com a trilha sonora assustadora.
A história começa falando sobre Mary, uma garota do Texas de 27 anos que é noiva de Sam, um rapaz que está com problemas financeiros, porém lutando para consegui pagar suas dívidas ano a ano, prometendo, assim, casar-se com Mary daqui a dois ou três anos.  Eles se conheceram numa viagem de cruzeiro por isso não moram na mesma cidade.
Mary recebe a tarefa do seu chefe de depositar 40 mil dólares – esta quantia em 1950 era exorbitante – ao banco e ela encarou como uma ótima oportunidade de fugir com o dinheiro, quitar as dívidas de Sam e finalmente se casar. Com a fuga repentina sem avisar sua única irmã, chamada Lila, Mary consegue chegar próximo à cidade que Sam vive, porém com a chuva forte, no caminho decide parar no Bates Motel por uma noite, e então que ela conhece o perturbado, gordo e esquisito Norman, que se refere à Mãe (com letra maiúscula mesmo) como uma pessoa adoentada e debilitada.
Nesta hora percebemos o quão atormentado Norman é, pois ele alterna entre uma pessoa gentil, uma pessoa que quer proteger a Mãe e outra completamente violenta associado sempre à perda de consciência e bons tragos de uísque.
Com o desaparecimento de Mary, um detetive particular vai à busca do dinheiro e consequentemente de Mary, ele acaba chegando ao namorado Sam, por meio de Lila, a qual seguiu pela cidade. Começam algumas investigações, inclusive pelos familiares, e até o xerife é informado do desaparecimento e das suspeitas em torno do motel.  
Gostei muito do ápice da história e não precisou da trilha sonora para ficar com medo. Os capítulos são alternados entre os personagens, criando cenas em que vemos o ponto de vista entre eles, mas contado de uma maneira linear.
Robert Bloch soube muito bem criar uma trama envolvente e de maneira rápida que resultou em um dos maiores clássicos de terror pela mão de Hitchcock. E não é à toa que no lançamento de Psycho, Alfred comprou todos os exemplares para que ninguém soubesse o final antes de assistirem no cinema.
O famoso assassino Ed Gein inspirou Robert a criar Norman Bates, e outros personagens que podemos encontrar nas obras como: Massacre da Serra Elétrica e Silêncio dos Inocentes.

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