segunda-feira, 11 de agosto de 2014

Tubo 5: Aberturas de séries de suspense e terror

por Tathy Zimmermann

Sabe a famosa frase: "não julgue um livro pela capa"? Às vezes é inevitável que algo não seja julgado pelo o que apresenta inicialmente, não é mesmo?
Por isso, no Tubo 5 deste mês trouxemos 5 aberturas de séries que gostamos muito, não só pela abertura, mas pelo todo.


1. TRUE BLOOD


Pois é, estamos aqui falando de novo de True Blood, mas é que parece que o assunto vampiros não tem fim. Mesmo essa série estar em sua última temporada, para muitos fãs, ela poderia continuar os deleitando.
 
True Blood é uma série norte-americana criada por Alan Ball, baseada na série de livros “The Southern Vampire Mysteries”, de Charlaine Harris. O programa é exibido pela HBO e foi ao ar pela primeira vez no dia 7 de setembro de 2008.
A história narra o amor entre Sookie Stackhouse (Anna Paquin), uma garçonete telepata, e Bill Compton (Stephen Moyer), um vampiro. Ambos vivem em "Bon Temps", uma pequena cidade fictícia localizada em Louisiana, num momento em que os vampiros deixaram a clandestinidade e anonimato, tornando-se cidadãos comuns, graças à invenção de um sangue sintético - True Blood -,  que permite que os vampiros se alimentem sem precisar sugar seres humanos. Entretanto, a coexistência entre vampiros e humanos não é bem vista por todos, já que muitos humanos não se sentem à vontade vivendo ao lado de vampiros.
A série recebeu elogios da crítica e ganhou vários prêmios, incluindo um Globo de Ouro, um Emmy e quatro Satellite Awards.

A abertura foi indicada ao Emmy na categoria de “melhor abertura”. Criada pela Digital Kitchen, mesmo estúdio de produção responsável por criar a abertura dos seriados Six Feet Under e Dexter. A abertura tem como tema a canção "Bad Things", de Jace Everett, e, conceitualmente, é construída a partir da mistura de imagens contraditórias que envolvem sexo, violência e religião, projetadas ao ponto de vista do "sobrenatural". A ideia é explorar os conceitos de redenção e perdão, além de reproduzir a atmosfera típica de Lousiana. 

Aproveite a música, e veja um vídeo alternativo com os atores dessa série tão desejada!

2. AMERICAN HORROR STORY

AHS é uma série de televisão norte-americana de terror-drama criada por Ryan Murphy e produzida Brad Falchuk. Descrita como uma série antológica, na qual cada temporada é concebida como uma história independente, seguindo um conjunto de personagens e ambientações distintas, e um enredo com o seu próprio "começo, meio e fim”.
A série é transmitida na televisão pelo canais fechados FX, nos Estados Unidos, e FOX, no Brasil. A primeira temporada estreou em 5 de outubro de 2011, nos EUA, e 8 de novembro de 2011, no Brasil.
A série tem recebido boas críticas, além de elogios dos aficcionados pelo gênero do terror. Sua três temporadas recebem como subtítulo: Murder House, Asylum, Coven. A próxima temporada, prevista para estrear em  8 de outubro, Freak Show, está sendo aguardada com ansiedade por todos os fãs.

A música da abertura é arrepiante e incômoda, responsável por colocar o expectador no clima do que vai ser assistido. Composta pelo designer de som Cesar Davila-Irizarry e pelo músico Charlie Clouser.
A abertura para a primeira temporada foi criada por Kyle Cooper e sua empresa “Prologue”. Ele também criou a sequência do título para a série do canal de televisão AMC – “The Walking Dead” –, e para o filme de 1995 – “Se7en”.
A sequência de abertura da primeira temporada é situada no porão da casa dos Harmons e inclui imagens de autópsia de crianças pequenas, bebês em jarros não nascidos (ou abortados), caveiras, um vestido de batismo, um uniforme de enfermeira, e uma figura segurando um par de tesouras para poda cobertas com sangue. A sequência pode ser descrita como um mini-mistério que se explica no nono episódio desta temporada.
Já a abertura da segunda temporada é situada em um sanatório intitulado Briarcliff, onde se passa a história desta temporada, inclui imagens de macas, sangue, pacientes, lobotomia, demônios, antiguidades da época e dentre outras salas e fatores que ali ocorriam. Para quem já leu os livros de Michel Foucault é possível estabelecer um paralelo bem interessante sobre o tratamento das doenças mentais no século XIX e início do XX, acontecimentos reais que não deixavam nada a desejar às melhores histórias de terror.
Na terceira temporada, o mesmo projeto da sequência continua, porém diferente. Nela são mostradas bruxas, bonecos de vodu, demônios, sangue, sofrimento, imagens de lendas e uma fogueira com uma bruxa sendo queimada. A história tem relação aos ocorridos em Salem e com à caça às bruxas estabelecida nessa comunidade.
A série ganhou nove prêmios de suas 37 indicações (duas das quais continuam pendentes), incluindo dois Prêmios Emmy do Primetime e um Globo de Ouro.

Segue uma edição com as 3 primeiras aberturas.


3. PENNY DREADFUL


Penny Dreadful é uma série norte-americana de terror e fantasia exibida no Brasil pela HBO. Foi criada e produzida por John Logan (indicado ao Oscar de melhor roteiro três vezes – pelos filmes A Invenção de Hugo Cabret, O Aviador e Gladiador), contendo a parceria de Sam Mendes (premiado pela Academia como melhor diretor em Beleza Americana) na produção. A série entrelaça as origens de vários personagens famosos da literatura de terror como o Dr. Victor Frankenstein, Dorian Gray, Jack o Estripador e Drácula, tendo como cenário a cidade de Londres da época vitoriana.
O elenco conta com nomes conhecidos como Sir Malcolm Murray (Timothy Dalton) um explorador inglês, especialista da exploração da África, que está em busca de sua filha, Mina (sim, a Wilhemina “Mina” Harker, do Bram Stocker), que foi sequestrada por um ser sobrenatural. Sir Malcolm é ajudado pela bela Vanessa Ives (Eva Green) uma médium amiga de infância de Mina, Ethan Chandler (Josh Hartnett), um pistoleiro e artista circense norte-americano, Dr. Victor Frankenstein (Harry Treadawa), o jovem e atormentado médico, além de seu fiel assistente, o africano Sembene (Danny Sapani). O grupo ainda tem como amigos, ou não, o jovem Dorian Gray (Reeve Carney), a prostituta Brona Croft (Billie Piper) e o monstro criado por Frankenstein, vivido por Rory Kinnear.
O título se refere aos penny dreadfuls, publicações de ficção e terror que eram vendidas na Inglaterra do século XIX. Por serem histórias que custavam um centavo, tinham como apelido "centavos do terror".
A abertura tem o tema composto por Abel Korzeniowski e possui imagens provocativas que incentivam aos amantes do gênero do terror a assistir a série: cobras, aranhas, uma série de outros insetos, crucifixos e cadáveres, além de mãos ensanguentadas e corpos abertos por bisturi. A ideia é demonstrar os maiores medos estão ligados a desejos profundos da psique humana.
Abertura
 

4. DEXTER
 
Série norte-americana baseada na obra de Jeff Lindsay, “Darkly Dreaming Dexter”, a série tem como protagonista Dexter Morgan (Michael C. Hall), um especialista forense em amostras de sangue, que trabalha para o Departamento de Polícia de Miami.


Ele também é um assassino em série que mata as pessoas que a polícia não consegue prender. A dupla identidade tem de ser escondida de todos, incluindo sua irmã e companheiros de trabalho. Na infância, órfão aos quatro anos, Dexter é adotado por um policial que logo detecta sua tendência homicida. Com isso, consegue canalizar todo o fascínio de Dexter por vivissecção para algo que ele acredita ser “do bem”: caçar os infratores da lei que estão acima da justiça e que acham brechas para praticar crimes.
De dia, Dexter surpreende a todos conseguindo rastrear cada passo de assassinos em série, seguindo suas pistas com meticulosidade assustadora. Isso porque sua mente assassina o guia através dos passos dos criminosos. Após o dia de trabalho com o Departamento de Polícia de Miami, à noite, Dexter usa todo o conhecimento e instinto de serial killer para achar e matar os criminosos que ele caçou durante o dia. Isso faz com que ele viva um contraste diário entre o bem e o mal. Mas ele canaliza toda a sua vontade de matar para acabar com os outros assassinos em série.
A abertura mostra a rotina meticulosa do assassino e perito Dexter Morgan. Um fato curioso: a mesma sequência havia recebido edição e música diferentes, porém, essa abertura inicial foi rejeitada pelos produtores que consideraram muito sombria e o público poderia antipatizar com o protagonista. Assim, a abertura que foi escolhida é mais alegre, contendo a música tema composta por Rolfe Kent.

Segue as duas sequências. Será que a versão rejeitada era mesmo sombria?

Atual

Rejeitada
 
 

5. CARNIVÀLE

Série norte-americana produzida pelo canal HBO, que durou duas temporadas (infelizmente - na minha opinião), entre 7 de setembro de 2003 e 27 de março de 2005. O programa foi criado por Daniel Knauf, que trabalhou como produtor executivo junto com Howard Klein e Ronald D. Moore.
A história se passa durante a Grande Depressão (momento de enorme crise financeira que abalou os Estados Unidos no início da década de 1930, devido à queda da Bolsa de Nova Iorque em outubro de 1929) e o Dust Bowl (fenômeno climático com sérias tempestades de areia que assolou o sul dos Estados Unidos no início da década de 1930). Ao traçar as vidas de dois grupos diferentes de pessoas, sua história abrangente mostra a batalha entre o bem e o mal e a disputa entre o livre-arbítrio e destino.
O enredo mistura a teologia cristã com conhecimentos gnósticos e maçônicos, particularmente os Cavaleiros Templários, abordando duas linhas narrativas que se convergem. A primeira envolve um jovem com estranhos poderes de cura chamado Ben Hawkings (Nick Stahl), que se junta a um parque de diversões móvel quando ele passa por sua cidade, Milfay, Oklahoma. Pouco depois, Ben começa a ter sonhos surrealistas e visões, que o fazem ir procurar um homem chamado Henry Scudder, um homem que já havia cruzado o caminho do parque muitos anos antes, e que aparentemente possui habilidades incomuns como Ben.
A segunda narrativa envolve um pregador metodista chamado Irmão Justin Crowe (Clancy Brown), que vive com sua irmã Iris na Califórnia. Ele compartilha os sonhos proféticos de Ben e lentamente descobre a extensão de seus poderes, que inclui contralar homens e fazer com que seus pecados e temores se manifestem em terríveis visões. Convencido de estar fazendo o trabalho de Deus, o Irmão Justin dedica sua vida à suas obrigações religiosas, não percebendo que seu grande nêmesis, Ben Hawkings, está muito próximo.
A crítica elogiou Carnivàle, porém questionou a abordagem e a execução da história. Seu primeiro episódio estabeleceu um novo recorde de audiência para um programa original da HBO, porém a série não conseguiu manter sua audiência durante a segunda temporada e a série foi cancelada após 24 episódios, cortando quatro de suas seis temporadas previstas. O programa venceu 5 Primetime Emmy Awards, recebendo outras 10 indicações. A série foi filmada em Santa Clarita e em outras localidades do sul da Califórnia.
A música tema foi composta por Jeff Beal. A abertura conta com uma sequência interessantíssima de cenas da Grande Depressão, mescladas com cartas de tarô, abordando o destino e as forças do bem o do mal. No final da abertura as imagens ficam um pouco mais otimistas, mostrando casais dançando boggie-woggie e o famoso velocista Jesse Owens. Seria uma referência à doutrina do “Destino Manifesto”? Infelizmente não saberemos, a luta final entre o pastor Crowe e o jovem Ben ficará para a imaginação dos fãs da série.
 
Abertura
 

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