sexta-feira, 6 de junho de 2014

Resenha: Diário de Bridget Jones

por Tathy Zimmermann

Obra escolhida para o Desafio Literário do mês: livro que virou filme
Autor: Helen Fielding 
Editora: BestBolso 
Ano: 2008 
páginas: 319



O “Diário” se tornou mundialmente famoso por causa do filme de mesmo título. No filme, Bridget Jones (interpretado por Renée Zellweger) é uma mulher de 32 anos que, em plena noite de Ano Novo, decide que já está mais do que na hora de tomar o controle de sua própria vida. Assim, começa a escrita de um provocativo, erótico e histérico “diário”, no qual a personagem expõe suas qualidades e seus defeitos, além de relatar, com muito humor, situações que fazem parte do dia a dia de várias mulheres nesta mesma faixa de idade: problemas com o trabalho, a busca do homem ideal etc. A cada nota no diário, Bridget revela seu peso, as calorias e a quantidade de cigarros consumida e unidades alcoólicas ingeridas no dia anterior.
O filme britânico, lançado em 2001, teve seu roteiro escrito pela própria autora do romance, Helen Fielding, sendo, portanto, bastante fiel ao livro.
E já que a ideia é falar do livro, vamos a ele, que foi o segundo romance da escritora, mas foi o grande responsável pelo seu sucesso mundial. A obra é divertidíssima, com situações trágicas que são tão bizarras e cômicas que nos levam às gargalhadas. Esse livro é considerado o pioneiro do gênero chick-lit, estilo literário predileto de várias mulheres, por narrarem o nosso cotidiano de uma maneira bem-humorada e descontraída.
Bridget poderia ser qualquer mulher em qualquer cidade do mundo que passa pelas mesmas situações: solteira de trinta e poucos anos de idade, que mora sozinha, trabalha e luta arduamente contra a balança e os seus vícios na bebida e no cigarro. Mas, acima disso tudo, o seu maior desejo é encontrar um companheiro, alguém que preencha a sua vida e acabe de vez com as suas noites solitárias.
Ela é apaixonada por seu chefe, Daniel Claver, um tremendo cafajeste que abusa da sua posição de chefia e do carinho manifestado por Bridget para levá-la pra cama e causar uma enorme confusão em sua vida. Nossa “anti-heroína” sofre constantemente com as típicas perguntas dos amigos casados e dos familiares de “quando você vai se casar?”, “ainda está solteira?” ou “está namorando alguém?”. Como se isso não bastasse, sua mãe, uma mulher extravagante, que chamaríamos de perua, está constantemente atormentando a filha, querendo casá-la com o primeiro homem solteiro que aparece.
Como toda moça solteira, Bridget tem amigos que estão na mesma situação e é ao lado deles que ela encontra apoio, descontração e diversão. E a trama segue entre os tropeços hilários dessa mulher que busca desesperadamente emagrecer, melhorar profissionalmente, parar de se irritar com  a própria mãe e encontrar um amor. Impossível dizer que me reconheci em várias situações, como acredito que qualquer mulher deva se reconhecer um pouquinho em Bridget. O livro é gostoso, de leitura rápida e ao mesmo tempo faz refletir. Só uma dica, se for ler em locais públicos, cuidado com as gargalhadas! 

Trailer sem legendas

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