terça-feira, 10 de fevereiro de 2015

Resenha: Outlander - A viajante do tempo

Autora: Diana Gabaldon
Editora: Saída de Emergência Brasil
Ano: 2014
Páginas: 800

Recentemente eu estava as voltas na livraria (acredito que é um habito comum quando leitores estão procrastinando hehe), quando me deparei com a a capa e o título desta obra.
Sempre tive vontade de ler alguma história que retratasse viagens no tempo, mas até então, não havia encontrado nada que me interessasse.

“Parecia inconcebível, mas todas as evidencias indicavam que eu estava em algum lugar onde os costumes e a política do final do século XVIII ainda vigoravam. Eu teria imaginado que tudo não passava de algum tipo de espetáculo à fantasia, se não fosse pelos ferimentos do jovem a quem chamavam de Jamie. Aquele ferimento fora realmente provocado por algo muito semelhante a um tiro de mosquete, a julgar pelos estragos que deixara.”


Clair Beauchamp Randall é uma inglesa que ao final da Segunda Guerra Mundial, na qual trabalhou como enfermeira, viaja até as Terras Altas, na Escócia, em uma segunda lua de mel com seu marido, Frank Randall, como forma de reaproximação do casal, depois do longo período de afastamento.

Porém, em um certo momento, em um de seus passeios, Clair é atraída para um antigo círculo de pedras, onde testemunha rituais misteriosos. Dias após, quando resolve retornar ao local, em meio a um turbilhão de sensações e visões a personagem de repente se vê numa Escócia violenta e dominada por clãs guerreiros, num ano que posteriormente identifica como 1743.

Como é de se esperar, a ficha de Clair demora um certo tempo a cair. Nos primeiros momentos, o que se passa é uma confusão de encontros e novas descobertas.

O que me interessou de primeira neste livro, e o que eu aguardava constantemente, eram as comparações que a personagem fazia ou poderia vir a fazer a respeito de sua época com o instante em que se encontra. Vários são os momentos em que outros personagens se espantam com o comportamento de Clair, além de seus conhecimentos médicos e de palavras até então inexistentes.
Clair a princípio só planeja o momento e a maneira como deixará aquela época para retornar aos braços de seu esposo em 1945, o que fica cada vez mais difícil, conforme ela se relaciona com os habitantes locais.

Na realidade, o ponto alto do livro é o seu envolvimento com o jovem Jamie que, embora ela negue, a atração é inevitável. Ou seja, enquanto ela se distancia do reencontro com seu esposo, mais ela se aproxima do escocês de cabelos ruivos, o que a deixa sempre com o dilema de estar traindo Frank.

Acontecem, muuuuuitas reviravoltas e conflitos armados durante a leitura, personagens intrigantes e também as cenas apimentadas. Mas eu não posso deixar de dizer que há várias partes em que os monólogos da senhora Sassenach (apelido pejorativo dado aos ingleses, que para Clair tem um sentido carinhoso) se prolongam muito, fora suas atividades repetitivas, o que pode deixar a leitura um pouco chata.

Eu estou aguardando meu bolso dar uma folguinha pra comprar o próximo volume. Se você se interessou, pode também gostar da série que está em sua primeira temporada. Digo que até agora foi metade do livro hehe.

Qualquer dúvida, pergunte nos comentários.

Trailer Legendado

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