por Alex dos Santos
Obra escolhida para o Desafio Literário de Fevereiro
Autor: Javier Cercas
Editora: Biblioteca Azul
Ano: 2013
páginas: 248
Saiba de uma coisa quando você ter este livro em mãos: você irá devorá-lo.
O livro é em primeira pessoa e temos como mistério a identidade do personagem principal, que não tem seu nome revelado.
Trata-se de u
m professor que dá aulas na Universidade de Urbanda,
próxima a Chicago, onde ele conhece um outro professor misterioso
chamado Rodney Falk, que é um veterano norte-americano da Guerra no
Vietnã.

O autor, aos poucos, vai construindo uma amizade incerta com este
professor, em que a discussão sobre livros pontuam sempre suas divagações,
até que um dia o professor revela a Rodney uma de suas vontades: escrever um livro. E quando este lê um pouco da obra a considera um
lixo.
"– O que eu quero dizer é que quem sempre sabe aonde
vai nunca chega a lugar nenhum, e que a gente só sabe o que quer dizer
quando já foi dito. (Rodney Folk ao professor)."
Nas
férias de Natal, a Universidade fecha e Rodney convida o prodígio a
escritor, porém este recusa por já ter um compromisso. É na volta das
férias que há outro mistério: o sumiço de Rodney.
Esse escritor que nutriu uma amizade por Rodney sai em busca de
seu paradeiro e na casa de seu pai ele fica sabendo de toda a verdade
sobre o passado do filho no Vietnã, pelo menos em partes.
"As coisas que têm sentido não são de verdade. São pedaços de verdades, miragens: a verdade é sempre absurda."
Ao
longo do livro, o escritor (e o leitor) tem novas descobertas
sobre seu amigo, a publicação de seu primeiro romance e os que o
sucederam, a crítica, a aclamação, o que a fama pode trazer ou o
contrário.
É um livro fino, de poucas páginas, mas de um conteúdo tão denso...
Recomendo para quem escreve ou pretende escrever um livro.
"– Talvez as únicas histórias que valem a pena contar sejam aquelas que não podem ser contadas."
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