quinta-feira, 30 de janeiro de 2014

Resenha: Guia do Mochileiro das Galáxias


Obra escolhida para o Desafio Literário de Janeiro

Autor: Douglas Adams
Editora: Arqueiro
Ano: 2010
páginas: 156





Não entre em pânico! Essa dica, sugestão, quase uma ordem, está logo na capa do livro e é justamente a frase que consta na capa do Guia propriamente dito, que surge na história logo no início. O Guia do Mochileiro das Galáxias é uma obra escrita por colaboradores de diversos planetas, com tanta informação que ele é editado em uma geringonça eletrônica, semelhante aos nossos atuais tablets. O livro de Douglas Adams é um clássico juvenil, perfeito para nerds, fanáticos por quadrinhos e videogames, ideal para todos os fãs de sci-fi e de teorias da física quântica e relativista. É uma história repleta de um humor requintado, ironia sutil, sarcasmo delicado, personagens divertidos e capítulos curtos, de fato uma leitura empolgante e rápida ao mesmo tempo.
A obra narra a trajetória do inglês Arthur Dent, que se vê envolvido em uma aventura extraordinária e alucinante, que envolve situações totalmente bizarras e non sense, num turbilhão de episódios um mais rápido que o outro. Para uma pessoa que tem pouco conhecimento sobre astrofísica, como eu, o livro parece absurdo. Embora há pouco tempo eu tenha lido o Tao da Física, de Fritjof Capra, e pude perceber que os loucuras descritas no livro, com nomes engraçados e críticos, possuem algum embasamento científico.

O livro é bastante respeitado pelos críticos literários e pelo público de modo geral, em minha opinião, é um excelente livro. Não sei se o teria aproveitado tão bem na minha adolescência – público alvo do autor – já que com uma carga maior de leitura, pude fazer analogias interessantes e mesmo perceber as ironias e críticas à nossa sociedade. Mas é um livro altamente recomendável para qualquer faixa etária, dos 10 aos 110 anos.

Com um humor refinado, o autor brinca com o Universo e com as questões fundamentais do ser humano: quem somos nós? Para onde estamos indo? O que é a existência? E o mais divertido é que essas questões, tão relevantes, saíram do intelecto do terceiro ser mais inteligente do planeta Terra, os seres humanos. Terceiro? Sim! Nossa inteligência fica logo abaixo dos golfinhos e dos mais inteligentes de todos, seres multidimensionais, que são os ratos! Eu tenho um ratinho de estimação e digo que o autor foi genial nessa brincadeira. Segundo ele, os ratos de laboratório em especial são os que fazem experiências com os cientistas e não o contrário.

O livro tem personagens divertidos e bem elaborados, o protagonista, Arthur Dent, é um típico britânico apreciador de chá, cheio de fleuma e mesmo nos momentos mais histéricos, suas reações são contidas. Arthur tem poucos amigos, dentre eles, um ator desempregado, que é na realidade um extraterrestre, Ford Prefect, redator correspondente para o Guia, que veio até a Terra escrever um verbete sobre esse lugar tão desinteressante da Galáxia, e acabou preso aqui por quinze anos, pois não havia ninguém por aqui capaz de lhe dar uma carona de volta. A aventura começa no dia em que a casa de Arthur está para ser destruída e não apenas sua casa, como também seu planeta. Será que Arthur consegue seguir a sugestão do Guia e não entrar em pânico? Quem ainda não leu, convido a ler e confesso que estou intrigada para ler os demais volumes dessa trilogia de cinco.

Um comentário:

Shamps disse...

Eu amo esses livros... *_* como não amar o Zaphod e o Marvin? E os Vogons? Argh, adoráveis. E as portas que gemem? Rio só de lembrar.